os anjos não têm costas
mas têm sempre asas
Curadoria: Manuel Costa Cabral
Padre Mário Rui, Manuel Costa Cabral
1ª sessão
27 de Outubro
Padre Mário Rui, Manuel Costa Cabral
Exposição Mater Dei
Conversa com Pde. Mário Rui e Manuel Costa Cabral a propósito dos temas suscitados pela
Exposição Mater Dei.
Esta exposição realizou-se no âmbito das comemorações do Tricentenário do Patriarcado de Lisboa e do Centenário de Fátima, e teve lugar em Lisboa na Igreja de Nossa Senhora da Conceição Velha - Novembro 2016 a Março 2017, e no Santuário de Fátima - Junho a Setembro 2017, reunindo obras de 25 artistas convidados que aceitaram trabalhar a partir dos atributos de Nossa Senhora.
Pde. Mário Rui e Manuel Costa Cabral integraram a Comissão Coordenadora
desta Exposição.
Pe. Mário Rui Leal Pedras, nasceu em 16.12.53, em Óbidos, e licenciou-se em Teologia na UCP em Lisboa.
Ordenado sacerdote em 27.6.82 foi director do Pré-Seminário e do Secretariado das Vocações. É Pároco de São Nicolau e de Santa Madalena e reitor da Conceição Velha e da Vitória.
Manuel Costa Cabral nasceu em Lisboa em 1941 e formou-se em pintura na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, 1963. Em 1973 foi co-fundador do Ar.Co – Centro de Arte e Comunicação Visual. Foi Director do Serviço de Belas-Artes da Fundação Calouste Gulbenkian de 1994 a 2011. Curador das Conferências Carmona e Costa 2015 e 2016 e também 2017.
Filipa Oliveira
2ª sessão
10 novembro
Filipa Oliveira
Para tua Liberdade bastam minhas Asas
Uma conferência-exposição-performance de Filipa Oliveira com Bernardo Simões Correia, Claire Santa Coloma, Filipa Leal, Joana Escoval, João dos Santos Martins, Musa paradisiaca com a duração de 1h30.
Uma conferência que é uma exposição cuja duração é apenas o tempo em que aquela assembleia está reunida. Uma exposição que só existe enquanto performance colectiva realizada pelos artistas que nela participam, pelas obras e pela sua curadora. Um acto estético, imaterial e efémero.
Filipa Oliveira é curadora e crítica de arte.
Desde janeiro 2015 é directora artística do Fórum Eugénio de Almeida, Évora, onde desenvolve um programa de exposições, projectos educativos e colaborações institucionais nacionais e internacionais.Trabalhou como curadora independente desde 2002 comissariando várias exposições em instituições como Centro Cultural de Belém (Lisboa), Kettle’s Yard (Inglaterra), John Hansards Gallery (Inglaterra), Tate Modern (Inglaterra), Fundação Calouste Gulbenkian Centro de Arte Moderna (Lisboa), Fondation Calouste Gulbenkian (França), Crac Alsace (França), Kunstverein Springhornhof (Alemanha), Mead Gallery (Inglaterra), Frieze Projects (Inglaterra), Museu Berardo (lisboa), Fundação EDP (Lisboa), entre outras.
Foi guest curator em 2009/10 da série de exposições Portuguese Wave no Threshold Artspace, Escócia; curadora assistente na 28ª Bienal de São Paulo em 2010 e em 2012 foi curadora convidada do projecto Satellite no Jeu de Paume, Paris onde comissariou exposições individuais de Jimmy Robert, Tamar Guimarães, Rosa Barba e Filipa César.
Tem uma extensa lista de participações em catálogos e publicações, e é colaboradora da ArtForum.
Rui Chafes
3ª sessão
24 de Novembro
Rui Chafes
Tempo sem Espaço, Espaço sem Tempo
Em relação ao texto da conferência, apenas poderei dizer que vou falar de
“TEMPO SEM ESPAÇO, ESPAÇO SEM TEMPO”.
Rui Chafes (1966) trabalha principalmente com ferro e aço. Depois da graduação em escultura na Faculdade de Belas-Artes, Lisboa, estudou com Gerhard Merz na Kunstakademie Düsseldorf de 1990 a 1992, onde também traduziu Novalis’ Fragments de Alemão para Português.
Realizou exposições individuais no Museu de Serralves (com Pedro Costa), Porto; CAM - Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa; Palácio Nacional da Pena, Sintra; Museu Colecção Berardo (com Orla Barry), Lisboa; SMAK, Ghent; Folkwang Museum, Essen; Esbjerg Kunstmuseum, Esbjerg; Nikolaj Contemporary Art Center, Copenhagen; Fondazione Volume!, Rome; Fundação Eva Klabin, Rio de Janeiro; Fundación Luis Seoane, A Coruña; Hara Museum (com Pedro Costa),Tokyo; Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro; Ilmin Museum of Art (com Pedro Costa), Seoul. Participou na Bienal de São Paulo em 2004 (com Vera Mantero) e na Bienal de Veneza em 1995 e 2013.
Alexandre Melo
4ª sessão
06 de Dezembro
Alexandre Melo
Anjo da Guarda
Apesar da minha ignorância, em relação a temas teológicos, e da minha negligência, em relação a práticas religiosas, as minhas experiências de relacionamento com algumas palavras, alguns sons e algumas imagens, têm-me permitido manter uma perspetiva otimista quanto à possibilidade de se vir a confirmar uma hipótese simples, mas decisiva: eu nunca estarei sozinho.
Alexandre Melo é Professor de Sociologia da Cultura no ISCTE-IUL. Curador e Crítico de Arte. Colaborador da Revista “Artforum”. Realiza conferências e organiza regularmente exposições, nomeadamente em Portugal e no Brasil. Autor de Documentários sobre arte e programas para Televisão. Foi Comissário de Portugal à Bienal de Veneza e São Paulo. A bibliografia inclui “Arte e Poder na Era Global”, “Sistema da Arte Contemporânea”, “Triunfo da Crise Económica“, “Globalização Cultural” e ”Arte e Artistas em Portugal “.dora na Escola Superior de Dança do Instituto Politécnico de Lisboa e investigadora do CRIA-Centro em Rede de Investigação em Antropologia.
Philip Cabau
Última sessão
15 de Dezembro
Philip Cabau
Desenhar um Anjo
Pode desenhar-se um anjo? Pode o desenho tratar a mensagem, ou sequer o mensageiro? Serve, enfim, o desenho para lidar com a Graça? Há, claro, uma outra maneira, mais operatória, de colocar a questão: O que é, para o desenho, um anjo? Talvez tenha sido a sua inadequação para lidar com o assombro o que tenha levado o desenho a concentrar-se nas asas dos anjos. De qualquer modo, o facto é que as asas atravessam a história do desenho, revelando-nos algo sobre a sua própria natureza – e sobre a natureza dos anjos.
Philip Cabau é autor de diversos textos e livros sobre o desenho nas artes plásticas, no design e na arquitetura. Integra, desde 2000, a Direção do Ar.co, Centro de Arte e Comunicação Visual e é também professor na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha. Paralelamente ao percurso docente e ensaístico foi autor de diversos projetos de arquitetura, cenografia e desenho de exposições.